São de um povo sua glória
Nas artes, tem a expressão
Que retrata a sua evolução
O cuidado com a harmonia
Deve ser a meta de cada dia
Música, dança e paisagismo
São meios de tocar o lirismo
O autor da ópera O Guarani
Teve nome reverenciado ali
Mas, quem vê, hoje conhece
Ou passado é zero, esquece?
Vivemos a cultura do agora
Descartável, usou, joga fora
Importante é o que me toca
E que recebo dentro da toca
O resto apago, digo, cancelo
Sem dó, desço meu martelo
Sei o que aceito, nada além
Se não interessar, vivo sem
Assim, voltamos à caverna
Só importa sombra interna
E o mito narrado por Platão
Ganha forma em cada mão!
A caverna dos smartphones
Nos facilita cancelar nomes
Restringir todo o nosso saber
Às sombras que topamos ver
Jesus, homem de divina luz
Espantou a sombra da ilusão
Retirou da caverna o coração
E expôs a ignorância na cruz
Pai, perdoai, eles não sabem
Por isso, meu cancelamento
Mas, a Luz resiste ao tempo
Mesmo que longa a viagem!
Por amar você, elevo prece
Sai da caverna, amadurece
Amor não denota fraqueza
É forte quem ama, certeza!
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