Lembra da vó atrás do toco?
Expressão antiga, que lôco!
Nesse ângulo, alguém espia
O ser invisível? Me arrepia!
Falaê, ocê tem medo diquê?
Di errá i di perdê? Pódi crê!
Veja, na língua perdi a mão
Escrita informal? Pódi não!
Imagino você dando risada
Desse poeta de frase rimada
E não raro, de linha medida
Poesia calculada, comedida!
Fez uns versos fora do rumo
E esse aqui então? Saiu do prumo!
Mas, uma coisa é bem certa
Estou feliz, de alma aberta!
Pra dar o abraço na árvore
E ao mergulho refrescante
Sob o véu de noiva adiante
Orar, pois o Amor socorre!
E sobre existir ser invisível
É sobre ser ou não possível
Que estamos aqui a pensar
Se podemos sim, conversar
Sem desperdiçar a energia
Sequer recorrer à profecia
A oração fala sem restrição
A todo ser bom de coração!
Não ligue se ali se demorar
Ponha a sua essência a orar
Boas palavras, gíria, rimou?
Importa é que ao bem orou!
Foto: Solange Rodrigues Arbex
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