Tempos passados
E os escravizados
Eram propriedade
Do campo à cidade
Os frutos da terra
Desciam da serra
E com sutileza
Iam à mesa
Quem semeou?
Quem cuidou?
Quem colheu?
Quem serviu?
Percebeu?
Você viu?
Quantos quem
Tipo alguém!
Que nome tem?
Zé ninguém!
Vencida a escravidão
Restou só a escuridão
Na vida dos que, na lida
Geravam a alimentação
Há sim, o que comemorar
E há muito mais a cuidar
Pra sermos humanidade
Não basta só a liberdade
Igualdade é da essência
Tenha essa consciência
Aprenda isso e ensine
Nada mais nos define
Ah, sim, pode incluir
O cuidado do existir
Que é, em verdade
Ser a fraternidade
Sinta o outro e cuide
Olhe nos olhos amiúde
Ame esse que é desigual
Dê o amor incondicional!
Foto: Silvana Fátima de Melo e Silva

Nenhum comentário:
Postar um comentário