Andava em meio à solidão
Dos que sentam pelo chão
Anseiam pela comiseração
Talvez uma pouca atenção
Um era o antigo engraxate
A espera de fazer o biscate
Com a esquecida profissão
Que dava samba em opção
Outro sentado olhos ao léu
Parecia pedir graça do céu
Como nada podia oferecer
Pedia algo para sobreviver
E foi ali que um andarilho
Rápido qual trem no trilho
Passou a distribuir socorro
Àqueles homens, um forro
Perante essa sua agilidade
Não percebeu a felicidade
Pelo sorriso do ambulante
No que orava, o semblante
Agora pense, porque não?
Que tal estender sua mão?
Ao desvalido, doar do pão
Acalmar sua dor, a aflição
Se cada um der para dois
Podemos crer que, depois
Haverá menos dor na rua
Boa escolha, minha e sua!
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