Eis que um grito ecoa no silêncio
Socorro, diz a voz em tonal tenso
A pressão advém de vários lados
E o medo assume os seus estados
A pessoa esbraveja, a dor trucida
Quer fugir, mas não acha a saída
Pede aos céus, mas quem ouviria
E sem lutar, se entrega à gritaria
Busca à volta o que lhe amparar
Espera achar no que se inspirar
Que sinais os céus lhe enviarão
Pra aliviar sua dor no coração?
De repente, um cactos dá o sinal
Algo que estava por perto, afinal
Coração e braços dados aos céus
Parece dançar a dança dos véus!
O que acha que tudo é dor, grita:
"Veja só que coisa mais esquisita
Eu aqui me debato na funda dor
E o cactos é todo alegria e amor"
Estupefato, se entrega à reflexão
"Se o Pai veste a flor com esmero
Sou humano, o que d'Ele espero?
Aguardo, virá a minha redenção!"
"Agora sei que depende de mim
Pra que toda esta dor tenha fim
E assim, ao invés de esbravejar
Por uma boa causa, irei pelejar"
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