Nesse jardim tão bem cuidado
Um curioso detalhe é registrado
O passarinho que está ali deitado
Aparenta somente estar relaxado
E considerando a sua pose serena
O que se pode entender da cena
Embora seja ocorrência amena
É algo que nos faz sentir pena
Digo algo consternado, enfim
É que ele está morto no jardim
E a morte é algo dolorido assim
A quem dela chora, parece o fim
A muitos, falta ter compreensão
Por isso faço aqui a observação
A morte não é fim, é transição
Quem vai é credor de oração
Não se prenda a julgamentos
Aos muitos desentendimentos
Que disfarçam esses momentos
E confundem seus pensamentos
Tenha por certa a pura verdade
Anule essa falsa contrariedade
Se ocorrida com naturalidade
Não é fim; é sim, a liberdade
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