Lá no fim do povoado
A igreja triste e sozinha
É só um prédio tombado
Sem missa nem ladainha
Mas já fez a sua parte
nos anos que se passaram
Abrigou a fé e a arte
Daqueles que aqui rezaram
Lembro do padre Carmelo
que falava sempre em latim
hoje silêncio singelo
nem se fala mais assim
Quis mentalmente lembrar
a boa e santa criatura
e para o homenagear:
tela, pincel, pintura
Até a foto dá o seu recado
tirada em ângulo inclinado
Mas, retira da vista seu véu
e a torre aponta para o céu
E de lá, Carmelo, belo, sorri
aos que ainda andam aqui
Diz: "ora, trabalha e confia
aqui, nos veremos um dia"
Pois não importa a crença
Importa sim, no que pensa
O Cristo não falou em vão
No céu, todos encontrarão
Ele disse que foi preparar
a cada um de nós, o lugar
Quem vai antes é anfitrião
O convite? amor e perdão!
Mais uma poesia em parceria com o meu grande amigo Cesar Reis e ilustrada com foto de um quadro por ele pintado!

Lindo, poder lembrar do tempo de criança, quanta reza e alegria, na ingenuidade e brandura de um tempo que não volta mais, mas a certeza de conquista do reino dos céus! Bem aventurados os mansos e pacíficos, porque herdarão o Reino dia céus !🙏🏻🌹
ResponderExcluirO tempo não volta, progride
ExcluirAlegria do passado, convide
Ela virá correndo,logo agora
Pra seguir junta, vida afora