quinta-feira, 1 de julho de 2021

Convite ao amor e ao perdão




Lá no fim do povoado
A igreja triste e sozinha
É só um prédio tombado
Sem missa nem ladainha

Mas já fez a sua parte
nos anos que se passaram 
Abrigou a fé e a arte
Daqueles que aqui rezaram

Lembro do padre Carmelo
que falava sempre em latim 
hoje silêncio singelo
nem se fala mais assim

Quis mentalmente lembrar
a boa e santa criatura
e para o homenagear:
tela, pincel, pintura

Até a foto dá o seu recado
tirada em ângulo inclinado
Mas, retira da vista seu véu
e a torre aponta para o céu

E de lá, Carmelo, belo, sorri
aos que ainda andam aqui
Diz: "ora, trabalha e confia
aqui, nos veremos um dia"

Pois não importa a crença
Importa sim, no que pensa
O Cristo não falou em vão
No céu, todos encontrarão

Ele disse que foi preparar
a cada um de nós, o lugar
Quem vai antes é anfitrião
O convite? amor e perdão!

Mais uma poesia em parceria com o meu grande amigo Cesar Reis e ilustrada com foto de um quadro por ele pintado! 

2 comentários:

  1. Lindo, poder lembrar do tempo de criança, quanta reza e alegria, na ingenuidade e brandura de um tempo que não volta mais, mas a certeza de conquista do reino dos céus! Bem aventurados os mansos e pacíficos, porque herdarão o Reino dia céus !🙏🏻🌹

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    Respostas
    1. O tempo não volta, progride
      Alegria do passado, convide
      Ela virá correndo,logo agora
      Pra seguir junta, vida afora

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