As nuvens sombrias se avolumam
E nossos olhos não se acostumam
Se parece que o mundo vai acabar
As esperanças se afundam no mar
Nossos dias perdem o seu sentido
Como se tivesse o ânimo abduzido
Por uma sinistra nave interestelar
Cujo destino não lhe deixa revelar
Agora, repare o céu acima do breu
A luz brilha como você a conheceu
Mesmo que venha forte a tormenta
Ela irá passar, então, não esquenta
Os tolos se vangloriam em subjugar
Em destruir esperanças, pôr a vagar
O quanto lhes falta em humanidade
O quanto fustigam nossa sociedade
É humano quem sabe amar e servir
Humano é suportar a dor sem fugir
Esperança é saber da divina aliança
Ame até doer e logo virá a bonança!
Foto: Daniel Navarro Puerari
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