Nossa Divina missão!

 

Queridas pessoas, de minhas poesias leitoras, permitam-me uma reflexão em forma de dissertação e muito feliz serei se essa tocar seu coração!

A palavra pecado tem origem no latim pecatus que significa errar o alvo.

Quando ofendemos alguém, em verdade erramos o alvo, quando machucamos alguém, em verdade erramos o alvo, pois qualquer coisa de mal que fazemos a outrem de fato deveríamos dirigir a nós, o único alvo que podemos atingir para corrigir o modo de agir. Porém, erramos o alvo e atingimos o que desperta em nós indigna emoção. 

Assim foi com o Cristo, alvejado, digo, condenado por curar no sábado, o dia Santificado, quando em verdade o único "pecado" visto nele era de priorizar os humilhados ante os exaltados, pois esses já haviam escolhido a exaltação dos homens, de Mamon (leia-se: o que é mundano) em lugar da exaltação de Deus que se alcança na humildade, por exemplo, ao lavar os pés dos irmãos seus.

Ele foi o alvo errado, por isso foi crucificado, mas deixou para nós o ensino maior: o perdão incondicional à todo aquele que nos causa o mal. 

Tenhamos como alvo o mal que nutrimos em nosso coração e tenhamos em mente que todo ensino trazido pela Lei e os Profetas se resume nessa expressão:

"Amar a Deus sobre todas as coisas e Amar ao próximo como a si mesmo"

E quem é o nosso próximo? A resposta é clara: é todo aquele que surge na nossa vida necessitado de amor, de misericórdia, de atenção. 

Seu nome? Que importa? Mas, se precisa dar algum nome, chame de Cristo o próximo que precisa de pão porque tem fome, de água porque tem sede, de agasalho porque tem frio, de atenção porque está doente, perdido em terra estranha ou na prisão...

Eis a nossa Divina missão!

Foto: Gildo Nogueira Gomes