Minha luz!

 

Lua cheia de prata

Lua da cor de nata

A sua forma relata

Círculo que retrata

Dispara imaginação

Para lúdico cidadão

Que encanta da lua

Ao atravessar a rua

Pequenas emoções

Provocam reflexões

Da ânsia por querer

Nessa luta por viver

Busca a serenidade

E que é, de verdade

O si mesmo a olhar

Sua luz nesse luar!

Então, encontra a si

E diz: Enfim, cresci!

Sim, vejo minha luz

Minha calma traduz

 

Oiéêê!

 

Bom dia, gente linda!

Humildade, de infinda

Me torna tão pequena

Que uns sentem pena!

Veja como sou distinta

A floradinha, que pinta!

Nasci na brita do chão

Peço, não me pisa não!

Me diz ser a suculenta

E de mim, não alimenta

Por poucos sou notada

Muitas vezes, ignorada

Você, também é assim

Ignorada como a mim?

Tô de boa, você é mais

Autoamor, seja capaz!

Espírito de Natal

 

Era um dezembro diferente

A pandemia acuava a gente

Medo se via em cada olhar

Com máscara para respirar

A beleza do Natal era nítida

Pato Branco, tão conhecida

Por sua casa do Papai Noel

Decorou tudo como um véu

Passam os dias, horas a fio

De repente, qual um assobio

O fogo lambeu a sua beleza

Nada a lembra, com certeza

E como ficou o Papai Noel?

Sua magia, energia do céu?

Saiba, nada queima o amor

Magia é ser feliz ante a dor

E contra o Espírito de Natal

Nenhum atentado será fatal

Homenagem à Casa do Papai Noel da cidade de Pato Branco, PR, incendiada nessa data.

Foto: Natal de 2020

Adote o amor!

 

Atenção ao meu sinal

Beleza nunca faz mal

Se mostrada pra luzir

Assim posso deduzir

Se o belo atrai inveja

Não é ele que enseja

Mas o mal alucinado

A ser ele o admirado

Idem com o sucesso

O mal recai possesso

Ao ver o brilho alheio

Isso lhe causa receio

Saiba, quem lhe irrita

Lhe mostra a desdita

De você para consigo

Você qual seu inimigo

Tire seu olhar do pior

Aceite o amor interior

Amar a si é um passo

Pra receber o regaço!

O futuro é tão sereno

Quão se torna ameno

Ao que adota o amor

O viver é um primor!

Generoso como o Sol

 

Quanta generosidade!

O Sol irradia felicidade

Sim, de fato, ele provê

A imbatível vitamina D

Pensa na vida sem ele

Sem um brilho na pele

Num jeito meio pastel

Nada cacau, leite, mel

E a fotossíntese então

Seria uma mera ilusão

Nada sairia do mineral

Pra nascer um vegetal

O Sol antecede a Terra

Pra se dar, não espera

Poço de generosidade

É vital pra humanidade

Diga agora, de verdade

Não é grande caridade

Dar a vida para se doar

À terra, ao céu, ao mar?

Após esse poético rol

Deixo aqui a sugestão

Que seja seu coração

Generoso como o Sol

O sol nasce diariamente

 

Vivemos em um tempo complexo

Que coisas parecem não ter nexo

A pressão da vida oprime a mente

Enquanto o sol nasce diariamente

O que as duas coisas nos dizem?

Se tudo lhe parece desarticulado

Por que o sol segue tão ritmado?

Será porque o astro é inanimado?

Astro, brilho, destaque na ribalta

Para ele, a vida segue, nada falta 

Será que não está vendo a crise?

Será necessário que eu o avise?

Ah, é não, é justo ele a me dizer

Que eu devo decidir o que fazer

Recomenda não me atrapalhar

Me dá exemplo, decidir brilhar!

Ser luz é algo ínsito a todo ser

Ter luz é manter esse contato

Projetar luz é fazer acontecer

E a sombra vai fugir pro mato

E o universo acolhe a sombra

Sombra também quer ser luz

A mente lúcida não assombra

É farol que os passos conduz

Siga bela lição do amanhecer

Claridade vem para acontecer

Sombra é a dor do ser perdido

Brilhe sua luz, este é o sentido!

Maria do tijolo

 

Olha que esperta a Maria do tijolo
Viu que a casa não é ouro de tolo
E levou graveto pra forrar o ninho
E ficar acolhedor pra botar ovinho

Essa é Maria que aprendeu a lição

Buraco achado vira sua habitação

Mas, é sempre bom fazer a vigília
Assim, preserva a casa da família

Natureza aprende, pois apreende
Com o que se faz transformador
Sair do convencional é libertador
Até um passarinho compreende

E você, já se libertou dos limites
Deu a mão, consolou os tristes?
Felicidade é a arte do bem viver
Faça sem esperar, você vai ver!

Olhe pra mim!

 

Ei!
Aqui
Peraí
Meu rei!
Olhe pra mim
O que agora vê?
Uma pedra, enfim
Ou o retrato de você?
Há quem veja a caveira
Daquelas rindo de bobeira
Há quem pense num mineral
Cujo valor pode ser sem igual!

Não somos o que é visto em nós
Nem aquilo que espalham na voz
Somos da matéria a simplicidade
E pela essência, filhos da Verdade

Olhe pra mim e veja o semelhante
E não fique imaginando semblante
Você tem capacidade de raciocinar
A sua essência, não insista ignorar

O humano é da natureza, cuidador
Supere esse seu instinto predador
Abrace até a pedra, seja carinhoso
E o viver lhe será mais harmonioso

Poesia domingueira

 

Não é jaula

É só janela!

Essa grade

Não invade

Flor é linda

Luz infinda

O laço dela

Fitamarela

Só carinho

No vasinho

Puro amor

Nessa flor!

Resposta ao amigo querido

Toda poesia tem sua estrutura
E uma métrica, que não é dura
Começa com a imagem do dia
Finda no recado que pretendia

Veja essa foto como exemplo
Ao arranjo, atenção dispenso
O charmoso jardim suspenso
Na esquina, como um templo

O que pode um coração dizer
Ao ser tocado por esse prazer
De observar a leveza do amor
No prato repleto de cor e flor?

Poderia dizer que toda dureza
Se esvai no toque da natureza
Ou do mérito de ter delicadeza
No trato com sua vida, sutileza

É durão? Ora, é só um medroso
Por temer amar, se faz perigoso
Cão ladra pra não levar dentada
Então, a grosseria não vale nada

Lidar com a dor é dar um passo
E chamar o outro para o abraço
Dor semeada é colheita danada
Amor é remédio à dor cultivada!

Disco de luz

 

Disco de luz a voar

Estrada a iluminar

Os olhos do que vê

Vibram como você

O sol ao entardecer

Elogio por merecer

Impacta a imagem

Ao largo da viagem

É o sol e nada além

Sinta você também

Em um dia de calor

O sol tem seu valor

O sol, esse astro rei

Se dá sem distinção

Aquece seu coração

E eu lhe agradecerei

Por ter consideração

Aos versos que envio

Direto e sem extravio

Como aperto de mão!

Essência

 

A essência fala do que se é

Do que está na base, no pé

E que vai no âmago do ser

É uma matriz, a bem dizer

Veja a água como exemplo

Muda cor a cada momento

É prata ao passar na queda

E translúcida sobre a pedra

É barrenta ao formar um rio

Reflete luz da hora, cada fio

Diga então, qual é a sua cor

Que lhe faz esse esplendor?

Para entender sua essência

Mergulhe já na consciência

Alcance o ser em si mesmo

Além da aparência a esmo

Na essência, temos origem

Na fonte, todo ser é virgem

Digamos que é bom humor

Água, em essência, é amor!

Mais rosa cor de amor

 

O encanto dessas cores
Mais o aroma das flores
Com canto dos pássaros
Tornam momentos raros
Ao meu coração
Todo de emoção

Momentos desafiadores
Que nos tocam as dores
Pela existência, amiúde
Especialmente na saúde
São uns alertas
Dores despertas
Olho à frente e prossigo
Minha felicidade persigo
Mantenho nessa direção
Em busca da comunhão
Harmonia veja
Que assim seja

Enquanto sigo, vejo rosa

Nesse visual todo prosa

A dizer com bom humor

O sentido é viver o amor

Caminho reto

 

Saí para o meu habitual

Estava bem e fiquei mal

O carro carecia gasolina

Não virava nem esquina

Ao menos, há posto perto

Pensei um tanto desperto

Desse susto que eu tomei

Por algo que negligenciei

Na volta, meio abastecido

Caminhava tipo distraído

Tentando disfarçar a dor

Até que encantei pela flor

Em uma foto, logo pensei

Dela, só a beleza colherei

Quando na pétala reparei

O insetinho ali como o rei

Logo, cheguei à conclusão

Ser feliz é tomar a decisão

De amar com simplicidade

Até o inseto de uma cidade

E o dia logo voltou a sorrir

E a pouco, me pus a dirigir

Sim, tiveram mais entraves

Alguns do tipo mais graves

Com essa decisão tomada

Nada me retirou da estrada

Gratidão ao pequeno inseto

Por me por no caminho reto

Cor de amor em forma de flor

 

À

Cor

Rosa

Choque

Dessa flor

Peço agora

O leve toque

Dentro e fora

Delicadamente

Quão sutilmente

Pois a intensidade

Em que, de verdade

Emite toda iluminação

Emociona o meu coração

Me faz viver na esperança

De que a dor gera confiança

Naquele que se alimenta da fé

Naquele que o mais puro Amor é

E você

Que vê?

Se além

Há bem

Pensa!

Se não

 Então

Vença!

 

Reflexos e reflexões

Estava nesse lago a refletir

Acerca do sentido do existir

Então a Araucária me falou

O que a visão não capturou

Reflexos são só impressões

Pálidas faces das situações

Possibilitam interpretações

Mas, não firmes conclusões

Como se pode ver a verdade

Se a sua visão, em realidade

É mais reflexo do que o real

E o lago faz a vista desigual?

Encare de frente o horizonte

Não disfarce ou tape a fronte

Viver demanda ter a coragem

De empreender longa viagem

Reflexos são somente sinais

Auxiliam entender, nada mais

Ponha luz na jornada a frente

Pra sua luz clarear toda gente

Pura elegância!

 

Pura elegância no andar

No vestir e no observar

A coroa leva na cabeça

Seu cantar? Esqueça!

O seu jeito é estiloso

O colorido fabuloso

Que pássaro é esse

Que enigma tece?

Sem noção de si

Ele anda por aí

Curte sua vida

Nada corrida

Diga aí juiz

Se é feliz?

Grato é

 Há fé

Nele

Sim

Há

Fé

Não pergunta se consegue

Na sua vida ele prossegue

A morte não lhe preocupa

Mau conselho, não escuta

Junte a esse a inteligência

Verá nascer a consciência

Faça desse o bom modelo

Vença o medo, eis o apelo

Tons de rosas me falam

 

Bate outra vez

Com esperanças o meu coração

Me empresta, poeta, a canção

Que fez

Volto à janela

Pela foto do sol que não espera

Nessa tez tipo rosa e amarela

Revela

Ruas em rosas

Que brilham prosas

As rosas me falam

Ó poeta, meus lábios não calam

Euforia que sinto em mim, aaaii

Amor que vem

Vai buscar um pedaço dos sonhos

E seus lábios mostrar tão risonhos

Amém

Crédito: Cartola

Música: As Rosas Não Falam

Capim às pampas

 

Seguia numa estrada dentre tantas

E vi brilhar ao sol capim às pampas

Não tinha ideia do que de fato seria

Apenas admirava com tanta alegria

Ora, que alegria é essa de ver capim

Que brota pela estrada, início ao fim

Seria a sua abundância que encanta

Ou sua pujança que de fato espanta?

Capim dos pampas, assim é chamado

Aqui pelo Sul ele é visto por todo lado

Mais um encanto da perfeita natureza

Que expõe sua presença com sutileza

Um quê do universo pouco observado

Nem por isso merece ser desprezado

Derrame em admiração ao belo capim

Nutrir humildade é dar amor sem fim! 

Mama mia!

 

Ah! Mama mia!

Carinho, sabia?

E somos família

Unidos todo dia

Nem pense, sinta

Sentido é na pinta

Do alvo, é certeiro

 E janeiro a janeiro

Pois a humanidade

Fere sua dignidade

Ao atacar seu irmão

Pra impor a opinião

Mata o bom da vida

A sua família unida

Da consanguinidade

A toda humanidade

Pois o Criador é um

Não escapa nenhum

Todos são filhos seus

De um mesmo Deus!

Logo, a nós respeite

Como a ama de leite

Irracionais? Jamais! 

Somos quase iguais!

Nessa nossa infância

Temos a importância

De ao humano servir

Sem precisar agredir

Gostamos de carinho

E também de leitinho

Sim, o amor é instinto

Em todos nós, é ínsito!

Pois é essência divina

Isso a natureza ensina

Amor é fonte primária

 Uma força missionária

Está aqui a sua missão

Amar sem ter distinção

A sua vida terá sentido

A cada instante vivido!

Além da cerca

 

Carneirinho, que faz sozinho

Com esse tanto de amiguinho

Que pasta tão tranquilamente

Sem ver a presença de gente?

Pensa mais, elabora e vê além

Enquanto tantos dormem bem

Pois nada pode lhes preocupar

A vida de um carneiro é pastar

Você pensa para além da cerca

Sem que do seu sonho se perca

Elabora que fará a sua história

Será o carneiro de maior glória

Se entender mistérios é ciência

Mistério além é transcendência

Na vida que transcende o pasto

O ser vê no amor o seu repasto!

Aos amigos

 

Novamente o espetáculo das cores

E agora com tons vivamente rosas

Se nada encanta mais que as flores

Justo dizer que elas são charmosas

E na natureza, não há carreira solo

Por isso, dessa paisagem eu descolo

O verde e suas infinitas tonalidades

Azul e o branco a trazer suavidades

Apreciaria retornar nesse momento

A esse lugar, da leveza, monumento

Ver com olhos calmos, sem correria

Ressignificar toda loucura desse dia

Sabe quando tudo está no seu lugar

De repente, o certo começa a vagar

A dor busca tomar o lugar do amor

Na alma cresce a sombra do temor

Chegada a hora da fé se apresentar

Não há mais tempo de representar

O peito aperta, a verdade desperta

A luz irradia de uma mente aberta

Abra agora a sua mente à verdade

Deixe a crença, pois sua felicidade

Precisa de pouco, como os amigos

Esteja com eles e vença os perigos

Tudo passa, agradeça!

 

A caminho, cantava e seguia

E o céu anunciava o novo dia

Tons bebês pelo nascimento

De nova jornada, novo tempo

O coração brilhava o encanto

Refletia o céu em doce pranto

Daquele que espelha gratidão

Pela oportunidade em missão

Anos passaram e crescimento

Foi que vivenciei de momento

Então, o desafio ficou pequeno

Algo viria, não seria tão ameno

Passaram três anos até um dia

Que foi anunciada a pandemia

Tempo de ter força pra resistir

Fé e esperança para ir e existir

E no novo tempo, novo desafio

Igualmente, requer seguir a fio

Recordo o céu, vejo o que vem

Agradeço ao Pai por todo bem!

Sua escolha!

 

Desse ângulo de que eu miro

Vejo a casa, jardim e suspiro

De pensar no quão pesado é

Tudo o que na terra finca pé

E embaixo do meu corpinho

O espelho reflete o caminho

Que o fio do tempo superou

Quando dele, o carro passou

Enquanto isso, vivo a leveza

Do pássaro livre na natureza

Sei que nada prende ao chão

Faço minha rota de evolução

Vejo a vida qual uma história

Ante a dor, sou amor e glória

Folha ao vento não tem lugar

Escolha já onde quer chegar!

Pronto, falei das cores!

 

Olhe que céu azulado

Repare agora ao lado

Há branco espalhado

E um asfalto clareado

Bandeirosa é a árvore

Merece elevado escore

Verde amarelo destaca

Vista de longe emplaca

Essa pediu que parasse

E logo, que fotografasse

Pois a beleza é indizível

 

Agora, veja que incrível

Nada de papel pelo chão

Isso sim é boa educação!