Invisíveis

 

Em meio à tanta imensidão

Vê-se uma incrível multidão

Na qual não se vê separação

É somente imensa plantação

Até que algo reclama atenção

Os dois encantos em floração

Seguem ocultos rente ao chão

Vivem sem receber admiração

Como não ver essa formosura

E pior, ignorar tanta candura?

Pensei e concluí solenemente

Outro não é invisível, é gente

E por isso, não é outro, é nós

Oremos a Deus numa só voz!

Pequenas notáveis

 

Veja esse vaso, que coisa fina
E eu aqui embaixo, pequenina
Consegue me olhar, me notar?
Ou fico invisível ao seu olhar?

Nós, pequenas coisas da vida
Vamos de forma despercebida
Tentando fazer toda diferença
Apesar da solidão e descrença

Pois todo que se crê um forte
Julga que seu olhar vê o norte
E o que não lhe toma atenção
É objeto de desconsideração

Pois saiba, beleza é resultado
De um conjunto, nada isolado
Assim, ver cada pequena flor
É exercitar humildade e amor!

O melhor momento

 

Mimetismo

Mecanismo

Vai a esmo?

Isso mesmo!

Não se prenda

E sim, aprenda

A ter esperteza

Da mãe natureza

Se as imagens lêem

Olhos de águia vêem

Se passa despercebido

A vida perde seu sentido

Então, siga por essa direção

Preeencha a vida com emoção

Sim, tudo o que puder aprender

Nada lhe conduzirá a arrepender

A toda hora, decerto, fique atento

Pois, tudo tem o melhor momento

Logo, prepare o voo com liberdade

Construa um futuro com felicidade

Estrela da noite

 

Estrela da noite

Não se amoite

Faça brilhar

Iluminar

A estrela

Como é bela

Ali na esquina

Jeito de traquina

Você tem certeza

Que sua beleza

Jamais se vai

Ou esvai?

Essência

Consciência

Beleza natural

Harmonia capital

A luz que lhe toca

Aponta e foca

Na alegria

Todo dia

Respire

E a admire

Seja a sua vida

A felicidade pedida

Feliz quem vê além

Ama, faz o bem

Amor é olhar

E molhar

Os olhos

Os escolhos

São para superar

Escolha esperançar!

Não à ilusão

 

É mato pegando fogo?

Corre lá e apaga logo!

Opa! É um vermelhão

É cor de fogo e paixão

O que se vê num lapso

Pode provocar colapso

Se não for interpretado

Do jeito mais adequado

Tem a verdade adotada

Essa é a pior da jornada

Por não ter sustentação

E não ter argumentação

Quer saber? Fogo não é

É a linda flor em seu pé

Ornamenta o ambiente

Enche a alma da gente!

É ponto de observação

Essa vermelha floração

Não é ilusão, é verdade

Inspira amor e caridade

Então olhe com atenção

Flores nascidas no chão

É beleza com humildade

Assim é a pura Verdade!

Pegada no pé!

 

Para, é feira

O fruto da parreira

É gordinha qual saúva

E vem só em cacho, é uva!

Doce, mas é realidade

É uma facilidade

Dela comer

É só colher

E convém levar

Antes pra poder lavar

Pois higiene é importante

Tá, pense um instante

Quem isso criou

Imaginou?

Agradeça

Mesmo pareça

Estranho que o acaso

Se importe com a gratidão

Deixe falar o coração

 Lá está o amor

Do Criador

E você, nada?

 

Eu nado no lago

No fundo, me apago

Quando há risco de morte

Me escondo do que é mais forte

E você que me vê, me diz, nada?

Qual sua ideia de jornada?

Como é se proteger

Ou se defender?

Paralise, flutue

Prossiga ou recue

O momento é todo seu

Mostre a cautela que aprendeu

O contratempo pode lhe atrasar

E sua pressa lhe pesar

Calar é ponderar

Viva pra amar

Todo que ama

Não mais reclama

Dos diversos desafios

Que fazem agitar seus brios

Você nada no mar de ilusões

Você ilumina corações

Pois viva o bem

Agora e além

Ame sua lida

Sua vida convida

A brilhar toda sua luz

No passo que a vida conduz

Quem olha à frente não cai

E na rota do bem, vai

Aplaca toda dor

Semeia amor

Ao revoar

 

Ao revoar, pássaros ganham o céu

Ao revoar, surfam os ventos ao léu

Ao revoar, olham a vida lá de cima

Ao revoar, sentem melhor o clima!

Ao revoar, protegem de um ataque

Ao revoar, fazem som de um baque

Ao revoar, o espetáculo é bem lindo

Ao revoar, lamento esse bando indo

Ao revoar, peço para o bando voltar

Ao revoar, é certo, não dá pra evitar

Ao revoar, penso na sua capacidade

Ao revoar, aplaudo a sua liberdade!

Ao revoar, um farfalhar que escuto

Ao revoar, eu quis pedir um minuto

Ao revoar, nenhuma palavra a falar

Logo, digo como canção: au revoir!

Au revoir: expressão francesa para dizer "tchau"

Mãe é mãe!

 

Passava distraído pela rua

Então, deparei com a perua

Pensando por onde passar

Com a linda prole singular!

E os peruzinhos confiantes

Aguardavam uns instantes

A escolha da sua mãezinha

Tão linda quanto sabidinha

Se há uma marca da criança

De toda espécie é confiança

Pois quem nutriu com amor

Não há como inspirar temor

Anote que não é só uma sina

E que a Mãe Natureza ensina

Que o Amor é fonte interdita

A suportar a criação infinita!

Então, encontre sua sintonia

Com o amor, tenha harmonia

Ao Criador, oferte uma prece

A criação, humilde, agradece!

Ciência Divina

 

Conte até três

Mais uma vez

Some e agora

Veja por hora

A flor é matemática?

Ou seria sistemática?

Sequência simétrica?

Coincidência estética?

Gotas dágua a contribuir

Quais os cristais a reluzir

Tornam-a um espetáculo

Aos sensíveis, um oráculo

E o que se pode perguntar

A um oráculo tão singular?

Se pode ser só coincidência

Ou universo possui ciência?

O sábio não é quem justifica

O fenômeno natural explica

Sábio o que colhe numa flor

Toda ciência divina, o Amor!

Humano é gente!

 

A vista é inconfundível

Do alto, sim, é incrível!

Ao longe, o azul oceano

E pão doce, sem engano

O mar que já foi um Rio

Refresca sem ser do frio

Muito verde preservado

Rio, local gentil e amado

Veja, essa vista é chinesa

Abra os olhos na certeza

Vida vista nesse prisma

O amor se faz sem cisma

Todos querem ser felizes

Não nascem pra ter crises

Acolha ao que é diferente

Todo ser humano é gente!

Falando em cores...

 

Outrora falei de flores

Agora eu falo de cores

Quem melhor que elas

Pra nos dar tão belas?

Fato que o tempo voa

Ignora quem fica à toa

Ele avança sem perdão

Perdão é humana ação

Perdoa quem vê cores

Onde nasceram dores

O outro é considerado

Irmão e não o culpado

Flores nascem sortidas

A enfeitar nossas vidas

Admire-as diariamente

E perdoe a toda gente!

Todos juntos!

 

Olha que linda população!

Morena e loira de montão

Jovens brotos e os velhos

Tons de verdes e amarelos

O Amor faz a ordem, então

Progresso é fruto da união

Todos juntos em harmonia

Vivendo a Paz em cada dia

Não é a cor que traz o valor

Mas a essência, sim senhor

Vamos sim, nos harmonizar

Belos sonhos, vamos casar

E nossa esperança, unificar

Até uma nova Terra edificar

Viver com leveza!

 

Outrora passava sem notar

Só corria, parecia não estar

Saía em grande velocidade

Minha paisagem, só cidade

Que a vida tem suas magias

Não duvido dessas energias

De repente, eu viro pro lado

E vejo o jardim tão cuidado!

Paro, olho, respiro, energizo

Sinto que é isso que preciso

Pois se o universo tá virado

Melhor é prosseguir focado

Foco, coloque no bem viver

Abra a mente pra poder ver

Beleza haurida da natureza

Ame viver com mais leveza!

Logre a plenitude

 

O Pato é Branco

Jamais é manco

E a rua é florida

Inspira sua vida

Flores tem cores

Amenizam dores

Ruas, passagens

Sugerem viagens

Mude seu Estado

Ouça o chamado

Acate um desafio

E mostre seu brio

E seja feliz agora

Pelo mundo afora

E você irá amiúde

Lograr a plenitude

A lua e eu

 

Enquanto vejo o azul do céu
E a lua a admirar o lindo véu
Desses raios momentâneos

Em tons leves, instantâneos

Em ângulo de fora da cidade
Vejo beleza que, em verdade
Pra alguns, sequer tem valor
Tipo, sem emoção nem calor

Dia a dia, anoto a arte divina
Cuja sutileza me contamina
E faz pensar em me arriscar

Pelas letras, intento retratar
O encanto de flor, céu e mar
E a lua que convida a amar!

Olhai pro céu e pro chão...

 

Carneirinho, carneirão...

Olhai pro céu e pro chão

Dizia uma antiga canção

Toada geração a geração

Olhar para o céu é ter a fé

De ter força de seguir à pé

 Olhar pro chão e entender

Pra crescer, deve aprender

Una o céu com a sua Terra

Sinta que toda dor encerra

Pois se a terra transcende

Com o céu que se aprende

Busque acalmar o coração

Para tanto, entoe a canção

Se canta, os males espanta

E tudo em volta se encanta!

Falando em rosas...

 

De rosas, já falei um bocado

E não que eu esteja cansado

Ao contrário, senti a energia

Ao vê-las pela manhã do dia

E essa rosa parece encantada

Talvez por ser acompanhada

De uma folhagem qual tapete

Que nenhuma outra compete

Rosa, seu encanto nos sugere

Que uma mão gentil nos gere

Na orquestração de toda vida

Por isso, seu encanto convida

À gratidão que supera o agora

Só ore, sem pressa ou demora!

De novo, de rosa!

 

De novo, o céu é cor de rosa

Nova a composição formosa

No longe, faz lilás desse azul

Espetáculo de Estado do Sul!

Parece haver mar, só não há

Parece ter um rio, não por lá

O asfalto mistura com a brita

No jogo de ilusão, logo reflita

Que faz a paisagem ser linda?

Que lhe traz essa paz infinda?

A vista que motiva o estupor?

Ou tão somente o sol a se por?

Pense, a pessoa sente o que vê

Se emociona, que pensa você?

Se a mente é leve, dor é breve

Amor é o valor de quem serve!

Amor em essência

 

Falemos do medo de amar

Muito ouvida essa expressão

Denota insegurança, apreensão

É barco à deriva em pleno alto mar

Amar é antes de tudo, ver a beleza

Que há no outro fora da altiveza

Que, em geral, distanciamos

Quando não concordamos

Vou explicar tão direitinho

Que não terá outro caminho

A essência do amor é respeito

Sem respeito, não funciona direito

Outros elementos se unem depois

Como a admiração e o carinho

Respeito e mais esses dois

Fazem não sentir sozinho

Mas, o elemento principal

Que torna o amor magistral

É o sonho que é sonhado junto

Construir agora o futuro conjunto

Sonho é do tempo a antecipação

É ter na convivência a missão

Ter motivo diário pra sorrir

Pra toda dor poder diluir

E por assim pensarmos

Venceremos uns enganos

Passarão dias, meses e anos

Assim verdadeiramente amamos

Se não há dor que supere o amor

Sabemos que é a energia mor

Que leva o ser à felicidade

Ame até a imortalidade!

Permita-se amar!

 

No escuro da noite que aproxima

O sol parece queimar tudo acima

N'alma, misto de dor e admiração

Tudo é suspense em seu coração

O mármore pelo cinzel golpeado

Sofre em dores por ser fraturado

Se consola de ter sido modelado

Quando ele, afinal, vê o resultado

O bronze derretido a fogo intenso

Feito obra de arte de valor imenso

Vive a dor como o ouro orgulhoso

Para renascer qual objeto valioso

Porque chorar, reclamar do sofrer

Este é o método de compreender

Que o indivíduo, duro ou sensível

Crescerá um dia de modo incrível

Sobre a imagem avistada no céu

Tantas luzes em imenso fogaréu

Digo, não tema a luz do horizonte

Acalme o coração e erga a fronte

Se é pra gritar, que seja pra aliviar

Se for pra calar, que seja pra orar

Escolheu falar, fale pra aproximar

Feita a escolha, permita-se amar!

Filhos do Amor

 

Entre pedras e espinhos
Busquei novos caminhos
E até alguns eu edifiquei
Digo que não me cansei

Com faces bem lavadas
Pelas águas passadas
Dessas lacrimejadas
Daqui derramadas

Pelas dores cruciantes
Que foram importantes
Para esse meu crescer
Que pudesse perceber

Que vida é o que amamos
Apesar do que choramos
Estar no topo é condição
Ser forte é ser fundação!

Agora, busque compreender
O imenso valor de aprender
Humildade não é ignorância
Aprender é deixar a infância

Então arrisque novas trilhas
As feridas contam as milhas
Cicatrizes nos fazem crescer

Filhos do Amor a se conhecer

Ponto de vista

 

Tem dias que a vida parece ladeira
Do alto, a esperança retorna inteira
Nessas horas, temos que reafirmar
A vida é a oferta colocada no altar!

E note que, nem tudo o que se vê, é
Que o topo da ladeira pode ser o pé
Pois talvez lhe falte notar o detalhe
Aquilo que na bela paisagem, falhe

Árvores não crescem tão deitadas
Dores precisam ser ressignificadas
Vire o olhar e o horizonte irá mudar
A perspectiva é sua, vá consolidar!

O motivo está dentro de si mesmo
Viver a vida com amor, não a esmo
Nada é tão complexo, sem solução
Difícil amar? Comece pelo perdão!

Sempre juntos

 

Estamos juntos!

Nossos assuntos

Nunca terminam

Isso que ensinam

Todos nossos dias

Até as noites frias

E assim, juntinhos

Pisamos caminhos

Lá atrás sonhados

Somos realizados

Pois que amamos

E logo realizamos

Amor sem perdão

Estrada sem chão

Se amor é história

Perdoar é a glória 

Desativa o rancor

Dá razão ao amor

Amar à perfeição

Mais que afeição

Renúncia do ego

Livre-se do apego

Permita-se sentir

Que amar é servir!

Pouso

 

Depois de horas de deslocamento

E um longo pouso se refazimento

Está quase à vista essa paisagem

Que é mais que truque de imagem

O encanto que brota naquele canto

É de tão grande valor que, portanto

Bom que seja sutilmente registrado

Pois na mente ficará bem guardado

Acima das coisas, são experiências

Que estruturam as nossas vivências

E constroem os valores do ser em si

Eis que empreendo desde que nasci

Essa busca por valores imperecíveis

Amor e perdão são os mais incríveis

Voar é uma arte

 

Pássaros voam, eis uma arte
Que os conduz em toda parte
Arte sem limites, fora da toca
Qual quadro feito com a boca

Pássaros partem com alegria
Longe vivenciam um novo dia
Vida que voa sem interrupção
Nova terra se abre em missão

Enfim, chegou a hora de partir
Sairemos sem muito despedir
Pois despedida agita emoção

Receba a poesia em gratidão
Por toda amizade construída
E que vai durar por toda vida!

Da terra ao céu

Maturada e admirada

Em plena fase florada

Saio em busca do céu

Fogosa como o corcel

Pareço caída ao chão

Só pareço, só que não

Da calçada que diviso

A todos, eu que aviso

O Amor tudo suporta

Estreita é a sua porta

Perdão é a sua chave

Gratidão é a sua nave

Decole com coragem

Nessa incrível viagem

Que ruma à felicidade

Com toda propriedade

Só lhe basta entender

Que importa aprender

O Amor não é doação

É sua perfeita emoção

Expresso em paz e luz

À plenitude ele conduz

Não conhece distância

Demanda ressonância

Vença a dor com Amor

Gratidão supera temor

Grande aquele que ora

Feliz aquele que chora

Pois a dor foi sagrada

Até na cruz da jornada

Lágrima alivia pressão

Até a ela, seja gratidão